domingo, 29 de junho de 2008

Hamurabi já morreu

A lei não exite
É olho por olho
e dente por dente

Se for correto
Sempre se fode
Cachorro, papagaio ou gente.

Se pelas linhas tortas andar
Muitos vão acompanhar
Gente vai morrer e matar.
E ninguém vai notar.

Justiça é de cada um
Cada cabeça é um mundo
Cada um tem uma lei
O problema é que todos
Querem ser Reis.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

R.I.P = Rock In Peace

Desenterrei Kurt agora. De vez em quando eu faço isso. Sempre gostei de Nirvana, desde minha época pirralhada descobrindo as bandinhas de rock por ai.
O que eu fiquei pensando agora foi na vida dele. O cara foi foda, conhecido no mundo todo, fez um sucesso desgraçado mas morreu jovem demais. Mal se aguentava em pé de tanto pó e tinha uma das cabeças mais perturbadas que eu já vi.
Fico pensando que não vale a pena fama e sucesso ou até "reconhecimento" com uma vida fodida dessa. A pessoa sofre mais que tudo. Falo por experiência própria. Não tive fama nem sucesso, mas a parte do fodida (quem sabe, sabe) já vale. Ainda bem, agora eu tô beleza, não fico mais pensando merda e tô quase livre do remédio, até porque, meu caso é bem light. Aí eu penso, imagina uma pessoa que tem um caso grave, seja de qualquer coisa assim, que mexe com o sistema psíquico do indivíduo?!!
Deve ficar perturbado demaaaaaais.
Eu tenho um interesse louco por pessoas assim, já li bastante coisa sobre Kurt mas ainda não tive coragem de ler sua biografia. Dizem que é pesada demais e eu tô evitando coisas que me botem pra baixo.
Por mais que meu texto possa estar tão confuso quanto a cabeça do próprio Cobain, só quis dizer que não vale a pena ser nem pagar de fodido só porque os outros pensam que é cool. Não mesmo. Prefiro a felicidade e a paz dos Beatles. :D

segunda-feira, 16 de junho de 2008

I'm so glad I'm your little girl

A ordem não importa,
arranjo meu e seu
Combinação perfeita
Permutação
você e eu

A hora é agora,
venha me ver.
Chegue de fininho
como só você sabe fazer.

Quero colo e
quero cama
Até o amanhecer

Vamos logo,
não me engana
tô louca por você

Se você lá,
eu quero si.
Vem de ré
que eu tô sem dó.

Você embaixo
e eu no baixo,
como manda a sinfonia.

Vem depressa,
corre, anda!
Vamos fazer da nossa,
uma só melodia.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Divisões do Compasso

drummond says:

O último dia do tempo não é o último dia de tudo.

Fica sempre uma franja de vida onde se sentam dois homens.

Um homem e seu contrário,

uma mulher e seu pé, um corpo e sua memória, um olho e seu brilho, uma voz e seu eco, e quem sabe até se Deus...


o último dia do tempo, não é o último dia de tudo


não mesmo, é apenas o primeiro dia de outro tempo





Tempo é uma coisa muito relativa e bastante necessária.
Meu tempo por exemplo, é infinitamente maior que o da maioria das pessoas. Em geral, gosto de fazer as coisas sem pressa, sem medo de perder tempo.
E no quesito perder tempo, entra futuro, outra visão do tempo. Meu futuro, como o de muita gente por ai, é incerto. Já tive bastante medo de perder tempo, de não dá pra fazer o que eu tenho vontade. Mas percebi que eu vou perder tempo realmente, pensando no que fazer.
Não quero ficar parada escolhendo o caminho, quero caminhar. Se eu cair, errar, e daí?
Não é pra isso mesmo que eu tô aqui? Minhas intenções são as melhores possíveis.

Quero que meu tempo, o primeiro dia dele, se funda com o último do tempo anterior, de modo que eu não possa perceber mudança nenhuma e não me agustie com isso.

Meu tempo não deixou de ser precioso, mas já não é mais ancioso nem poluído.
Quero a maior paciência do mundo em frente à uma encruzilhada, e toda pressa que possa existir. Afinal, é só tempo.
Quero espaço pra passar 6 meses pensando e 2 anos correndo.
Quero conquistar o mundo em dois segundos e conquistar alguém em 2 anos.

No final das contas, não quero tempo. Quero querer.