segunda-feira, 9 de junho de 2008

Divisões do Compasso

drummond says:

O último dia do tempo não é o último dia de tudo.

Fica sempre uma franja de vida onde se sentam dois homens.

Um homem e seu contrário,

uma mulher e seu pé, um corpo e sua memória, um olho e seu brilho, uma voz e seu eco, e quem sabe até se Deus...


o último dia do tempo, não é o último dia de tudo


não mesmo, é apenas o primeiro dia de outro tempo





Tempo é uma coisa muito relativa e bastante necessária.
Meu tempo por exemplo, é infinitamente maior que o da maioria das pessoas. Em geral, gosto de fazer as coisas sem pressa, sem medo de perder tempo.
E no quesito perder tempo, entra futuro, outra visão do tempo. Meu futuro, como o de muita gente por ai, é incerto. Já tive bastante medo de perder tempo, de não dá pra fazer o que eu tenho vontade. Mas percebi que eu vou perder tempo realmente, pensando no que fazer.
Não quero ficar parada escolhendo o caminho, quero caminhar. Se eu cair, errar, e daí?
Não é pra isso mesmo que eu tô aqui? Minhas intenções são as melhores possíveis.

Quero que meu tempo, o primeiro dia dele, se funda com o último do tempo anterior, de modo que eu não possa perceber mudança nenhuma e não me agustie com isso.

Meu tempo não deixou de ser precioso, mas já não é mais ancioso nem poluído.
Quero a maior paciência do mundo em frente à uma encruzilhada, e toda pressa que possa existir. Afinal, é só tempo.
Quero espaço pra passar 6 meses pensando e 2 anos correndo.
Quero conquistar o mundo em dois segundos e conquistar alguém em 2 anos.

No final das contas, não quero tempo. Quero querer.

Um comentário:

Ana Lúcia disse...

Nossa, o meu tempo e infinitamente pequeno, e, mesmo assim, eu vivo perdendo tempo.


Adoro ver você postar (;